quinta-feira, 23 de junho de 2011

ALGUÉM ME TOCOU


O capítulo cinco de Marcos se assemelha a uma área de desastre, ou uma zona de guerra com vítimas.
É a imagem na visão de um médico quando ele examina as vítimas. Tem:
1) Um homem endemoninhado que precisa de um grande psiquiatra
2) Uma mulher doente que precisa de um grande Médico
3) Uma menina morta que precisa de um grande Pediatra
Que cena de batalha nós temos; com os doentes, endemoninhado, e mortos. Mas, entra em cena o Grande Médico, Psiquiatra, e Pediatra. Seu nome é Jesus. Nesta mensagem, vamos observar a mulher doente que precisa de um grande médico.

I. OBSERVE SUA CONDIÇÃO.
A. Ela estava doente. V. 25. "Fluxo de sangue" A palavra "Fluxo" denota "hemorragia", ou perda de sangue. Não nos é dito onde. Ela estava nesta condição por 12 anos. Ela provavelmente parecia um “morto andando". Sua condição a tornou anêmica e fraca. A palavra "mal" no verso 29 significa "açoite". Esta condição simplesmente a açoitava constantemente em seu dia a dia. É o retrato de um pecador perdido nesta passagem.
B. Ela estava sofrendo. V. 26.
1. Fisicamente (o dia todo - todos os dias, acordar com ele, ir para a cama com ele)
2. Socialmente (casamento não, talvez divorciada, sem emprego, um mendigo, escória da sociedade)
3. Financeiramente ("gastou tudo o que tinha")
4. Religiosamente (A lei Levítica a declarou, "impura")
C. Ela estava muito triste. V. 26. "Não melhorou, mas piorou" Dr. Moralidade, Dr. Religião, Dr. Faça melhor, Dr. Reforma não tinha ajudado a ela. Ela não tinha remédio, esperança, paz, alegria, qualidade de vida. Ela estava destinada a morrer nessa condição. Condenada à sepultura. Como o pecador, ela tinha um problema no corpo e um problema no sangue.

II. OBSERVE SUA CORAGEM. V. 27. Duas palavras: "ouvindo" e "veio"
A. Ela ouviu
Ela tinha ouvido falar muito. Provavelmente, tinha sido informada de cada médico especialista disponível. Sem resultado. Mas alguém lhe disse sobre ele. Ela ouviu que Ele estava passando. Ouvir dá esperança...
B. Ela atendeu ("veio"), ela superou o seu problema. Ela teve a coragem de suas convicções. Ela tinha:
1. Um problema de maldição (ela havia sido declarada "imundo". Ninguém podia tocá-la, ou seriam impuros. Sua maldição a condenado a ficar onde ela estava. Mas ela superou o seu problema de maldição.
2. Um problema da multidão ("veio por detrás"), a multidão estava apenas "apertando", mas ela queria uma audiência com ele.
C. Ela tinha esperança. V. 28 "Se tão somente tocar nas suas vestes, ficarei curada". Esta não era uma esperança, "Espero que consiga" ou um "talvez"; esta era uma esperança de fé. Uma antiga canção diz:
“Minha fé está em nada menos, do que em Jesus Cristo e Sua justiça"

III. OBSERVE SEU TOQUE
A. Um toque poderoso. V. 29
1. Um fato poderoso. "E logo se lhe secou a fonte do seu sangue"
2. Um sentimento poderoso. “... e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal"
3. Uma fé poderosa. “... Quem tocou nas minhas vestes?". A sua fé era forte o suficiente para chamar a atenção de Jesus
B. Um toque pessoal. V. 30. "E logo Jesus, conhecendo que a virtude se si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes?"
C. Um toque promissor. V. 34 "E ele lhe disse: filha, tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal"
1. Um novo relacionamento. "filha". Não mais um pária, na família
2. Uma nova vida. “... a tua fé te salvou..." Durante o resto de sua vida, lhe perguntavam: "Você não é a mulher que tinha o problema do sangue" Ela respondia: "Sim, mas deixe-me falar sobre ele"
3. Uma nova liberdade. “... vai em paz, e sê curada deste teu mal". Curada de uma vez por todas. Pela primeira vez a paz reinava em seu coração.

CONCLUSÃO:
Toca pela fé agora em Jesus, pois ele vai te conceder a luz e virtude dele vai sair, estenda a mão Jesus quer liberar virtude hoje sobre sua vida!

CASAR-SE E AMAR POR OBEDIÊNCIA A DEUS



Oséias viveu no oitavo século antes de Cristo durante os últimos anos do reino de Israel (o reino dividido do norte) Foi um homem resignado e centrado a ouvir e obedecer a Deus. Deus usa a figura da própria família de Oséias para figurar Sua relação com Israel. A mulher de Oséias se tornou adúltera, e teve filhos com seus amantes. Apesar de tudo que Oséias fez para mostrar o seu amor, ela o trai repetidas vezes mesmo que confrontada constantemente pela fidelidade de seu marido.
Não quero hoje falar sobre a relação homem x Deus, nem mesmo abordar a questão Israel x Deus, mas abordar à luz deste livro de Oséias a questão relacionamento homem x mulher. Vamos falar de relacionamento conjugal nestas linhas.

1- Tomando por esposa:
Tomar alguém por esposa ou esposo significa um vinculo uma aliança muito séria e o pedido de Deus a Oséias significava que Deus havia escolhido um perfil de esposa para ele e que de alguma forma não teria possibilidades de escolher outro perfil, porque Deus havia dito: “Uma mulher de prostituições”. As vezes pensamos, será que Deus não tinha uma coisa melhor para Oséias? Vale lembrar que Deus não sugeriu quem era a mulher que Oséias deveria escolher, mas apenas o perfil desta mulher para cumprir seus propósitos. Pessoalmente eu sempre agradeço a Deus por nos dar esta liberdade de escolha. Poder escolher a mulher ou o marido com que queremos nos casar para sempre é um privilégio. Também não julgo que Oséias tenha escolhido a mulher errada, mas como Deus sempre cumpre seu propósito em nós servos Dele, creio que o casamento de Oséias, meu casamento e o seu tem um propósito para cumprir, ainda que você esteja pensando que escolheu a pessoas errada.

2- A Resignação é Necessária:
Oséias poderia ter questionado a Deus o porque de ter que casar-se com aquele figurinha carimbada (Gomer), mas creio que a palavra de Deus ecoava em seus ouvidos: “Vai, toma por esposa…” Em outras palavras, Deus estava dizendo: “Não considere os defeitos, case-se com ela! Eu estou lhe mandando para que eu possa concluir meu propósito”. Neste caso, creio que a resignação do profeta o fez calar-se e continuar. Resignação é o que todos precisamos para manter o casamento em tempo de crise. Precisamos nos resignar a viver somente para aquela pessoa com quem casamos por mais defeitos que tenha, para nunca considerar em nossa mente uma experiência extra-conjugal. O resignado é resoluto e sabe que a mulher de sua vida é aquela com quem casou-se e vice e versa e não há possibilidade nenhuma de considerar uma terceira pessoa. Amado leitor, pense assim: Eu me casei para sempre e vou envelhecer com esta pessoa, custe o que custar. Ninguém é melhor que minha esposa ou esposo. Esta pessoa me completa porque é diferente de mim.
Sabe amado leitor, ter alguém que pensa 100% como pensamos e que concorda 100% conosco seria uma tragédia! Eu creio mesmo que não conseguiria viver com uma pessoa que se parece comigo, pensa como eu penso, age como eu de maneira nenhuma. É a maneira de ser toda especial e diferente de minha esposa que me faz sentir-me atraído. A força de nossa relação está em nossa capacidade de dialogo e atitudes de convergências. Resigne sua vida e seja resoluto em amar, dialogar e convergir por obediência a Deus!

3 – Amor sentimental x Amor comportamental
“Vai outra vez, ama uma mulher…” (Oséias 3:1)
Na questão conjugal, podemos usar duas formas de amor: O amor sentimental e o amor comportamental. Inicialmente, creio que Oséias praticou somente o amor comportamental, mas sabemos que a pratica do amor comportamental leva ao nascimento ou crescimento do amor sentimental. Nos tempos de casamentos arranjados pelos pais, tudo começava por este tipo de amor, o comportamental, e as coisas aconteciam gradativamente e surgia então o sentimento ao ponto de envelhecerem juntos em fidelidade, gerando filhos e netos. Entendo então que o amor sentimental encheu o coração do profeta enquanto convivia com Gomer e caminhava em obediência a Deus. “Vai, toma por esposa…”.
Vamos abordar mais sobre a questão sentimento x Comportamento: “É possível que sua relação em um tempo ou outro se veja desprovido de sentimento e isto não é nada bom, porque o sentimento é paixão que aquece a relação, sentimento traz sensação de bem estar, de realização e nos converge um ao outro, mas quando não há sentimento há maiores divergências. Creio que Oséias aplicou o amor comportamental enquanto não aflorava o sentimento, e como, então aplicar o amor comportamental para reativar o sentimento?
Somente a pratica do amor comportamental poderá reativar o amor sentimental e isto é feito por atitudes de convergências que é igual a ignorar os defeitos. É uma mudança de visão! É possível você colocar uma trava de segurança em sua mente que broqueará seu senso critico com relação ao seu cônjuge, mas não dá para entrar neste assunto neste artigo. Inicialmente, siga estes conselhos: Aprenda a viver não criticando constantemente atitudes do cônjuge, não tentando concertar tudo de uma só vez, mas, elogiando as qualidades, dando presentes, fazendo declarações de amor, se entregando em sinceridade e respeito, aprendendo a viver resignado ao comando de Deus que diz: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,” (Efesios 5:25) Claro que se você está lendo este artigo e é uma mulher deve aplicar estes conceitos em sua vida porque a palavra é para homens e mulheres. O amor comportamental!
é atitude! É uma decisão que se toma de se comportar com atitudes de amor.

4 – O orgulho de Oséias foi para o espaço.
“…porque diz: Irei após os meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.” (Oséias 2:5)
Eu vejo o profeta Oséias andando pelas ruas e as pessoas falando por suas costas: “Lá está o marido da prostituta, lá está o chifrudo!, Olha que bobalhão, etc.” As vezes penso se alguém de nós aguentaria isto nos dias de hoje, creio que nosso orgulho não nos deixaria continuar nesta relação.
Não vou entrar na questão pecado sexual aqui, mas puramente na questão orgulho que é algo que tem causado tragédias em relações conjugais no mundo todo. Orgulho é algo extremamente pernicioso para uma relação. Um marido me disse um dia, Pr. Rildo, eu não estou conversando com minha mulher ha quase um mês. Eu espantado perguntei porque, e ele disse: “ Nós discutimos por besteira e então ela não fala comigo eu também não falo nada. Eu que não vou ceder, não fiz nada!” O orgulho neste exemplo tão constante na vida de casais nos leva de novo a olhar como este profeta Oséias conseguiu se esvaziar de si mesmo em uma relação que só ele amava, só ele dava passos de convergências, só ele perdoava, só ele era fiel, só ele desejava manter a relação.
Você está disposto(a) a deixar de ser orgulhoso(a) para manter sua relação saudável? Você estaria disposto a simplesmente obedecer a ordem de Deus de ser esposa ou esposo fiel? Oséias não considerou que deixar o orgulho de lado fosse um preço alto demais para se pagar para manter seu casamento. Você acha que é muito caro este preço que tem que pagar? Digo-lhe vale a pena! E você terá, mais cedo ou tarde que pagar este preço.
Se você amado leitor, não aprender a lidar com seus orgulhos bobos, vai passar muitas noites solitárias, com muitos rancores no coração, sua casa será lugar de guerras e não de paz, suas orações não serão ouvidas por Deus e sua vida vai para traz ao invés de ir para frente e destruirá certamente o projeto de Deus para seu casamento. Oséias sabia que seu casamento era um projeto de Deus! Seu casamento é um projeto de Deus!
5 – Oséias pagou o preço por sua esposa.
“Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas. Assim eu comprei para mim tal mulher por quinze peças de prata, e um hômer e meio de cevada; e lhe disse: Por muitos dias tu ficarás esperando por mim; não te prostituirás, nem serás mulher de outro homem; assim também eu esperarei por ti.” (Oséias 3: 1-3)
Uma mulher que muitos poderiam ter dito: “Foi tarde!, que tranqueira, Deus me livrou, etc. Oséias traído, abandonado, envergonhado, porque nestas horas sempre aparece alguém dizendo: Eu te avisei! Este homem vai buscá-la de volta a semelhança da palavras de Jesus que diz que assim como Cristo Amou a Igreja ame sua mulher. ( ef: 5:25) E além disto teria que investir dinheiro, um alto valor para tê-la de volta. Cerca de 500 litros de cevada e 15 peças de Prata que eram barras usadas para pagamento.
Quanto você pagaria ou investiria por seu cônjuge para honrar a palavra do Senhor de amá-lo (a)? Vou pedir que você invista em paciência, tolerância, respeito, confiança. Vou pedir que você honre a Palavra de Deus e tenha o Senhor como um elo forte entre vocês dois. Investimento em nosso cônjuge nunca é demais.
“Quem é sábio, para que entenda estas coisas? prudente, para que as saiba? porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles; mas os transgressores neles cairão.” (Oséias 14:9)
Este é simplesmente um rascunho sobre o assunto inesgotável que é a relação conjugal. Que o Senhor, através deste lhe dê lampejos e abra mais sua visão.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O CAPACETE

O CAPACETE

Em Efésios 6:13 a 17, aprendemos que, em seu combate contra os poderes espirituais diabólicos, descritos como "os principados, as potestades, os príncipes das trevas deste século, as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais", o crente deve se defender com uma armadura espiritual, que Deus lhe fornece para esse fim.

Todos os itens dessa armadura procedem da palavra de Deus, a Bíblia, e apenas dela: a verdade, a justiça, a preparação do evangelho da paz, a fé, a salvação. O "evangelho da paz" é a mensagem de Deus contida na Bíblia, fornecida à humanidade perdida para ensinar-lhe o caminho da reconciliação com Ele.

O capacete é parte dessa armadura: ele é uma proteção para a cabeça, em diversas formas, feito especialmente para resistir a impactos e proteger contra a penetração de agentes nocivos. Duas vezes é usada por Paulo como um símbolo da salvação, ou esperança dela (versículo 17 e 1 Tessalonicenses 5:8).

Assim como o capacete protege a cabeça do combatente, a convicção do crente em sua salvação é essencial para a defesa da sua mente nesse combate. Essa convicção vem mediante o conhecimento da palavra de Deus e a sua fé nela.

Os falsos ensinos sempre têm sido usados pelo diabo para contaminar os crentes, e com grande sucesso, haja vista o grande número de heresias e seitas que têm surgido. Vejamos, a seguir, algumas enfermidades mentais espirituais que as hostes das trevas estão atualmente espalhando pelas igrejas, segundo uma classificação feita por Peter J Gadsden.

São contagiosas, se o crente não estiver usando o seu capacete:

  1. A esquizofrenia originada pelo "novo evangelicalismo": este despreza a doutrina da inspiração das escrituras, e promove a infiltração da igreja dentro do mundo ao invés da separação bíblica. Tem como alvo conquistar o mundo para Cristo, afrouxando a mensagem do Evangelho para torná-la mais agradável ao paladar do mundo, enfatiza o amor e dá pouca relevância à justiça, à obediência a Deus e à santificação da vida do crente. (2 Coríntios 6:17).
  2. O tumor do ecumenismo que tem por objetivo uma união com a Babilônia religiosa, inimiga feroz dos "santos e das testemunhas de Jesus" (Apocalipse 17:6).
  3. A infecção do evangelismo ecumênico, expresso na harmonização da mensagem do Evangelho, dos hinos e dos cultos, com várias heresias e seitas, sem o cuidado de observar meticulosamente o que ensina a Palavra de Deus. Produz uma espécie de meningite espiritual, paralisando a ação do Espírito Santo na igreja (Colossenses 3:16,17).
  4. A demência do movimento carismático, com crescentes elementos de atividade maníaca, incluindo o agir e latir como cães e as risadas contagiantes. Julgam que isso é que vem a ser o enchimento com o Espírito Santo, mas é loucura. (Efésios 4:30).
  5. A paralisia do modernismo, que tem afetado a grande maioria das igrejas que se dizem cristãs. Seus líderes pensam que têm autoridade e competência para julgar a seu modo o que é relevante no ensino bíblico e esquecer o demais. Paralisam as mentes do povo com seus ensinos falsos e liberais e o seu desestímulo ao estudo detalhado de toda a Bíblia. (Judas 18,19).
  6. A alienação mental do "versionismo" moderno da Bíblia, com versões feitas para agradar vários grupos, mas que contêm enganos, alguns muito sutis. Algumas versões, porém, têm o claro propósito de dar fundamento a doutrinas falsas. (2 Pedro 1:20,21).
  7. A depressão do arminianismo, que afirma que uma pessoa mediante os seus próprios esforços pode alcançar e depois perder a salvação da sua alma. (João 10:28).
  8. Os colapsos nervosos dos que se convencem de que têm que se salvar pelas suas obras, pelos seus sacrifícios pessoais, pela obediência às tradições humanas e por doutrinas de demônios. (Romanos 3:23,24,27).

Quem protege sua cabeça com o capacete da salvação defende-se do contágio com essas enfermidades satânicas. A sua esperança não está firmada em vãs doutrinas humanas, na inconstância das tradições e na vacuidade do livre arbítrio, mas na palavra de Deus, e na pedra angular da Igreja, que é Cristo.

Esse capacete o protegerá e preservará através de todas as provas e tentações lançadas por Satanás, e enfim ele se apresentará vitorioso e incólume diante do tribunal de Cristo, quando o seu dia chegar.

PORTAS, CAMINHOS, CASAS

Mateus 7.13-29

"Concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da Sua doutrina". No Sermão do Monte, ouve muita coisa que espantou os ouvintes. Nele o Senhor expôs claramente os erros dos mestres profissionais (rabinos e escribas), mostrando a verdadeira significação das Escrituras e apresentando a verdade com toda a certeza e autoridade.

Neste trecho final, o Senhor exige não somente o assento mental aos Seus ensinos como também um caráter inteiramente renovado. Moisés exigira a mesma coisa Dt. 30.15-20; todos os grandes profetas semelhantemente insistiram numa resposta ativa e prática às suas exortações.

O Senhor não chama os homens para uma senda fácil. A porta que conduz para a vida eterna é "estreita", e o caminho "apertado". Haverá restrições, sacrifícios e até perseguições. Por isso é certo que a maioria dos homens rejeitarão o convite do Senhor. Mas o Senhor não modificou as Suas condições para atraí-los; temos a Sua regra geral em Mc 8.34: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me".

Essa cruz não é mera sentimentalidade; a palavra "cruz" faria estremecer cada ouvinte, pois a crucificação foi a morte mais cruel e vergonhosa já inventada. O Senhor sabia que Ele mesmo teria de glorificar o Pai por meio de sofrer a morte da cruz; todavia Ele chamou a todos os que quisessem entrar na vida, para O seguirem nesse caminho. Teriam que ser pessoas de devoção absoluta, prontas para qualquer medida de abnegação e sofrimento.

Será que hoje em dia, a nossa apresentação do Evangelho está sempre em harmonia com tudo isso?... O Senhor avisa que a porta da vida é estreito e o caminho apertado, porém nós preferimos persuadir ao povo que tudo é fácil – é só "aceitar a Cristo" e não haverá mais problemas!

Outrossim, Ele mostra que não se conseguirá a entrada no Reino pela simples profissão de fé, porém quantas pregações parecem alvejar somente esta! Temos ouvido sermões explicando que os homens que "edificam as suas casas na rocha" ou "na areia" são respectivamente os que confessam Cristo e os que O rejeitam; porém é exatamente isto que o Senhor está negando. "Edificar na rocha" significa "ouvir e praticar estas Minhas palavras"; a confissão de fé em Cristo será inútil se não produzir conduta apropriada.

Os que "crêem" mas não obedecem, Ele os chama de "hipócritas". Cada profeta do Velho Testamento ataca semelhante superficialidade (Is 1.3-20; Am 5.21-24; Ml 1.6-7; 2.7-9). Com respeito aos falsos ensinadores, o Senhor nos dá uma prova bem prática: "Pelos seus frutos os conhecereis"; não sempre pela doutrina, mas sim pela sua conduta ("fruto" está explicado em Gl 5.22-23).

Mesmo a confissão certa com respeito à pessoa de Cristo – "Senhor, Senhor" – nada vale se não for acompanhada pela obediência à Palavra de Deus. Grandes movimentos religiosos, "conversões" maravilhosas, até mesmo acontecimentos milagrosos, podem ser realizados por pessoas enganadoras; mas o Senhor se recusa a reconhece-las. Se a nossa fé for genuína, o resultado será uma vida em conformidade com os ensinos Dele; se não produzir este resultado, é insincera.

É pelo arrependimento com respeito ao pecado, e pela fé na pessoa de Cristo – "crendo no testemunho de Deus acerca de Seu Filho" (1ª Jo 5.10) – que se entra pela porta estreita; e é pelo Espírito Santo, "renovando a nossa mente" (Rm 12.2), que podemos andar no caminho apertado, produzindo as "boas obras" para as quais fomos "criados em Cristo Jesus" (Ef 2.10).

Assim descobriremos que o caminho, embora estreito, não é intransitável; e confirmaremos as palavras do Senhor: "Meu jugo é suave e meu fardo é leve" (Mt 11.30). (*)

ABRINDO NOSSO TESOURO

ABRINDO NOSSO TESOURO
“... todo escriba que se fez discípulo do reino dos céus é semelhante a um homem, proprietário, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”
(Mateus 13:52)

Nestas palavras do Senhor Jesus vemos a transformação operada em um escriba que se faz discípulo do reino dos céus: o escriba, estudante e mestre da lei em Israel, ocupava-se só com as coisas velhas do passado, mas o discípulo acompanha o seu Mestre e o seu tesouro agora contém coisas novas, além das velhas, e ele as aprende para seu próprio uso e para ensinar aos outros.

São assim as Escrituras Sagradas, pois a Bíblia se compõe de coisas velhas, o Antigo Testamento, e de coisas novas, o Novo Testamento. É uma biblioteca com sessenta e seis livros, escritos originalmente em um punhado de idiomas através de milênios, por autores de diversas ocupações, desde reis até pescadores, dos quais uma pequena minoria se conhecia pessoalmente.

No entanto, a leitura dos seus livros nos indica claramente que todos eles têm em comum um Autor Supremo, e por causa disso compõem uma Obra completa e harmoniosa, um só Tema, uma Mensagem vinda do próprio Criador, e a história da humanidade, desde o seu início até o distante porvir, focalizando-se apenas nos fatos mais importantes para a nossa instrução. Ao contrário de praticamente todas as obras literárias, pouco ou nada se sabe sobre alguns dos seus autores humanos, pois nenhum se apresenta em prólogo e seu nome apenas consta do texto quando é parte da narrativa.

A Bíblia é um tesouro inexaurível, que nos surpreende pelas riquezas que contém, prontas a serem descobertas e aproveitadas. O seu conteúdo divino é poderoso para salvar e transformar as almas, pois “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). Vamos abrir o nosso tesouro conscientes do imenso valor que tem, e permitir que a sua mensagem nos encaminhe pelas veredas divinas.

A Palavra de Deus é poderosa para convencer o homem da sua situação faltosa diante do Criador, o que é chamado “pecado” na Bíblia, e de fazê-lo compreender o grande Preço que Ele pagou para que fosse perdoado, desde que se arrependa e tenha humildade suficiente para aceitar esse Preço e submeter-se à vontade de Deus. Tudo está lá em suas minúcias, e a isto chamamos o Evangelho (“notícias boas”) de Cristo.

Já se propuseram vários métodos para facilitar a leitura dessa biblioteca de Deus, variando em seu grau de simplicidade e profundidade conforme o nível intelectual e espiritual daqueles a quem são dirigidos. Fundamentalmente, o tesouro se abre com uma chave de uso geral que compreende as regras de interpretação, chamada “hermenêutica”. A interpretação correta das Escrituras é quase tão importante quanto a doutrina da sua inspiração verbal divina, pois é a interpretação errônea que dá origem à maioria das heresias e outros males que vemos por aí. Vejamos as regras de interpretação:

1.

Espécie de literatura: antes de se ler um texto, verificar sempre a que espécie de literatura pertence: nosso tesouro tem várias, como relato histórico, composição poética, parábola, carta de ensino, e profecia. Se for relato histórico, o texto descreve fatos que realmente aconteceram; se poesia, a linguagem é figurada, com uso de metáforas; as parábolas são narrativas de fatos comuns ou alegóricos que encerram um preceito; as cartas contêm mensagens, ensinos e explicações sobre temas e textos bíblicos; as profecias são mensagens vindas de Deus através de homens escolhidos, incluindo informações sobre acontecimentos futuros, cuja autenticidade é provada pela sua realização, às vezes séculos mais tarde.
2.

Contexto físico: para se entender um texto é essencial estudar o contexto físico: a natureza das pessoas envolvidas, o tópico, e o seu relacionamento com os versículos imediatos, etc.
3.

Contexto histórico: descobrir o que estava acontecendo quando o texto foi escrito, ou a que está se referindo. Só assim é possível compreender muitas das profecias do Velho Testamento, e também verificar o seu cumprimento, ou acompanhar o sentimento revelado nos Salmos, etc. Na maioria das vezes o contexto histórico pode ser encontrado na própria Bíblia, mas uma boa enciclopédia pode também dar informações esclarecedoras, como seriam os povos e costumes comuns da época, religiões, etc.
4.

Significado das palavras: depois de termos identificado o tipo de literatura, e os contextos da passagem em consideração, é importante estudar o sentido gramatical e o significado das palavras. Sempre deveríamos procurar o significado literal, sem logo assumir que haja algum sentido misterioso, oculto. Se o sentido literal faz sentido, não procuremos encontrar outro sentido. O Senhor Jesus dizia: “Não tendes lido... ?” (Mateus 19:4, Lucas 6:3). Evidentemente Ele assim confirma que as Escrituras são claras, literais. Um pouco dessa clareza às vezes se perde por causa da tradução feita para uma língua que não tem um equivalente perfeito da expressão nos idiomas originais, ou uma palavra que tem vários sentidos diferentes, dependendo do seu contexto. Para não interpretar incorretamente, sempre que houver dúvida deve-se verificar como a palavra é usada na passagem, em outras passagens do mesmo autor, e em outras partes da Bíblia. Algumas Bíblias facilitam a procura indicando as concordâncias, existem obras de concordâncias publicadas como a de Strong, e mesmo programas de computador gratuitos como e-Sword. A Bíblia também usa figuras de linguagem, e é essencial reconhecê-las para compreender corretamente algumas passagens bíblicas. Quando a Bíblia usa um símile, uma metáfora ou uma hipérbole, a passagem deveria ser interpretada de acordo com o uso normal desse tipo de linguagem. Em outras palavras, não se pretende que tudo na Bíblia seja entendido literalmente, mas as figuras de linguagem se identificam claramente dentro do contexto. Por exemplo, o primeiro capítulo de Gênesis é um relato histórico, portanto não cabe ali a interpretação de que seja uma figura de linguagem. O contexto é crucial.
5.

Harmonia: sendo a Bíblia inspirada pelo Deus da verdade, ela não se contradiz. As Escrituras estão todas em harmonia entre si. Devemos, portanto, comparar texto com texto para ter certeza que nossa interpretação é correta. Se houver desarmonia, o erro foi nosso e precisamos examinar o texto mais cuidadosamente.
6.

Relevância: tendo Deus entregue a Bíblia para a transformação da nossa vida, e não simplesmente para nosso estímulo intelectual, o texto terá sempre alguma relevância para nós. Isto não faz parte do processo de interpretação, mas é mediante confiar e obedecer à Palavra de Deus que a compreendemos melhor (Mateus 13:14-17).
7.

Alerta: esta última regra é uma advertência: cuidado com os falsos mestres e enganadores. O Senhor Jesus nos preveniu contra os líderes religiosos que usam a tradição dos homens para invalidar a Palavra de Deus (Marcos 7:5-13). O apóstolo Paulo preveniu os crentes da igreja de Corinto contra os que usam as Escrituras para seus próprios fins, muitas vezes para seu ganho pessoal (2 Coríntios 2:17). O apóstolo Pedro nos preveniu contra gente que torce alguns pontos difíceis de entender para sua própria perdição (2 Pedro 3:16). É preciso ter muita precaução contra os que “descobrem” algo novo e surpreendente na Bíblia, bem como os que “enfeitam” o relato bíblico e tratam os seus acréscimos como se tivessem a aprovação de Deus. Os crentes devem, por isso, manejar bem a Palavra da Verdade (2 Timóteo 2:15).

A vontade de Deus é que aprendamos e apliquemos a Sua Palavra às nossas vidas. Ao invés de procurar ajustar a Bíblia aos nossos pensamentos, ao seguir estas regras sensatas estaremos habilitados a compreender melhor o que Deus está realmente dizendo e o que isto significa para nós.

Assim, poderemos abrir o nosso tesouro para de lá reverentemente tirar tudo que precisamos para nortear sabiamente a nossa vida, aprofundando-nos cada vez mais nas maravilhas que Deus, por meio dela, vai nos revelando, e acompanhar os ensinos e o exemplo dados pelo nosso Salvador e Mestre, o Senhor Jesus Cristo.

Harmonizemos, portanto, as nossas vidas com a Sua Palavra e, obedientes, sigamos o Seu caminho que nos conduz à eternidade em paz e comunhão com o nosso sublime Criador.

DESOBEDIÊNCIA DESASTROSA DO PROFETA NOVO.

DESOBEDIÊNCIA DESASTROSA

Quando Deus dá uma ordem, Ele espera que tal ordem seja obedecida. Caso contrário, as conseqüências podem ser graves e até desastrosas. Por um só ato de desobediência Moisés perdeu o direito de entrar na terra de Canaã; pela mesma razão, certo profeta, depois de ter feito muitas proezas perdeu a vida.

Consta do Primeiro Livro dos Reis cap. 13, a comovente história do referido profeta. A Bíblia não lhe dá o seu nome, mas chama-o sempre de "um homem de Deus" v. 1 e "o profeta" v.2. Naquele tempo dez tribos israelitas tinham-se separado das outras duas, formando um reino independente sob o governo do "rei" usurpador Jeroboão, mantendo um altar com seus "sacerdotes" separatistas, em Betel, cidade situada a uns 30 quilômetros ao norte de Jerusalém.

Deus enviou a Betel um profeta de Judá, ordenando-lhe que pregasse contra o altar e voltasse imediatamente por outro caminho, sem demorar-se nem mesmo para tomar refeição em qualquer lugar. As instruções eram um tanto rigorosas e, talvez, perigosas, mas eram divinas, claras e, portanto deviam ser obedecidas.

Primeiramente tudo correu bem. O profeta foi até Betel, achou o lugar onde estava o altar idólatra e ali encontrou até o próprio rei Jeroboão queimando incenso. Sem hesitar o profeta anunciou a mensagem que Deus lhe deu, isto é, que o futuro rei de Judá (Josias) mataria os sacerdotes de Betel e queimaria os seus ossos sobre aquele mesmo altar.

Ao ouvir isto, o rei Jeroboão zangou-se e estendeu a mão sobre o altar, dizendo: "Prendei-o". Mas a mão que ele estendera contra o profeta secou-se e ele não a podia recolher. O altar fendeu-se e dele a cinza se derramou. O rei, amedrontado, implorou ao profeta que pedisse a Deus a cura da sua mão. Tendo o profeta feito isto, a mão do rei foi restaurada. Este, humilhado e ainda espantado, pediu ao profeta que fosse descansar e jantar consigo no palácio real e prometeu-lhe um galardão. O profeta recusou o convite de Jeroboão, explicando-lhe as instruções que Deus tinha lhe dado e partiu de volta para Judéia por um caminho oposto àquele pelo qual chegara a Betel.

Bem, até este ponto o profeta obedeceu fielmente às instruções que Deus lhe havia dado. Agora, porém, ocorre um desastre fatal. Um profeta velho que morava naquela redondeza, tendo ouvido os acontecimentos em Betel, foi encontrar-se com o homem de Deus e convidou-o a ir com ele para a sua casa e ali tomar uma refeição. O homem de Deus recusou, explicando-lhe as instruções que recebera de Deus. O profeta velho, porém, alegando que Deus, por meio de um anjo, tinha-lhe dado outras instruções para o homem de Deus, o que era mentira, persuadiu-o a voltar e a comer na casa dele. Depois de terem comido, o Senhor, através do profeta velho, anunciou que o homem de Deus, por ter desobedecido à ordem divina que recebera, morreria e não teria o privilégio de ser sepultado em sua própria terra.

Isto aconteceu de fato, pois naquele mesmo dia, viajando o homem de Deus de volta à sua terra, foi morto por um leão, sendo sepultado em Betel pelo profeta velho.

Neste acontecimento bíblico vemos como um homem de Deus - um profeta - honrou ao Senhor em cumprir uma tarefa perigosa, mas no fim, por desobedecer às instruções num só ponto, perdeu a vida. Note: é costume chamá-lo de "profeta novo", mas a Bíblia não diz qual era a idade dele.

Ele possuía uma natureza bondosa, pois pediu a Deus a cura da mão ressecada do rei Jeroboão. Era, também, corajoso, pois profetizou contra o altar de Betel na presença do rei e dos sacerdotes ali presentes. Era, corajoso também, pois ousou recusar o convite do rei v v 7-9.

Apesar de tudo isto ele falhou ao fim por acompanhar o "velho profeta", acreditando que a sua incrível história fosse verdadeira e que, de fato, Deus mudara as instruções que anteriormente lhe havia dado. O "homem de Deus", acreditando na palavra dum mero homem, desobedeceu às instruções claras que recebera do Senhor e, em conseqüência disso, morreu tragicamente e foi sepultado em sepulcro alheio.

Talvez a nossa primeira reação a esta história, seja pensar que Deus pareceu injusto ao decretar a morte do primeiro profeta, que tão fielmente O servira e, entretanto, poupar o velho, em cuja mentira o outro acreditou.

Lembremo-nos, todavia, das palavras do profeta Samuel: "O obedecer é melhor do que o sacrificar" (1 Samuel 15.22). Deus exige obediência antes de tudo. "Por um só ato de desobediência veio o juízo sobre todos" Romanos 5.18. Isto refere-se ao pecado de Adão, o qual desobedeceu ao único mandamento que Deus lhe deu.

Em 1 Reis 20.35-36 temos o registro de um acontecimento semelhante ao do capítulo 13. Leia-o e veja a semelhança: uma ordem do Senhor, não cumprida, resultando em morte nas garras de um leão.

Por estes exemplos, e por muitos outros, Deus quer nos ensinar a grande verdade da obediência às Suas ordens e os tristes resultados da desobediência.

Graças a Deus houve UM HOMEM que obedeceu a Deus em tudo, mesmo até a morte na cruz. Deste modo, "pela obediência de UM, muitos se tornarão justos" (Romanos 5.19).

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Oséias


Oséias



Oséias (Os)
Autor: Oséias
Data: Cerca de 750 aC

Autor
Oséias cujo nome significa “salvação” ou “libertação”, foi escolhido por Deus pra levar sua mensagem a seu povo através do seu casamento com uma mulher que seria infiel a ele. Sua sensibilidade em relação à condição do pecado de seus compatriotas e sua sensibilidades em relação ao coração amoroso de Deus o fizeram apto pra realizar esse difícil ministério.

Contexto Histórico e Data
Oséias mostra a situação histórica de seu ministério através da nomeação dos reais do Reino do Sul, de Judá (Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias), e o rei do Reino do Norte, de Israel ( Jeroboão II), que reinou durante o período de sua profecia (1.1). Isso estabelece as datas de 755 aC a 715 aC. Embora todas as indicações quanto ao sucesso exterior parecessem positivas a Israel, um desastre vindo por baixo estava se aproximando. O povo desse príodo regozijava-se na paz, abundância e prosperidade; mas a anarquia estava preparando-se e ela traria o colapso político da nação em alguns curtos anos. Oséias descreve as condições sociais características de seu tempo: líderes corruptos, vida familiar instável, imoralidade generalizada, ódio entre classes e pobreza. Embora as pessoas continuasse uma forma de adoração, a idolatria era mais e mais aceita, e os sacerdotes estavam falhando na tarefa de guiar o povo nos caminhos da justiça. Apesar das trevas desse tempo, Oséias oferece esperança para inspirar seu povo a voltar-se novamente para Deus.

Conteúdo
O Livro de Oséias é a respeito de um povo que tinha necessidade de ouvir sobre o amor de Deus, de um Deus que queria falar com eles e da maneira singular que Deus escolher para demonstrar seu amor a seu povo. O povo pensava que o amor poderia ser comprado (“...mercou Efraim amores”, 8.9), que o amor era uma busca de uma autogratificação (“Irei atrás de meus namorados, que me dão...” 2.5) e que amando objetos sem calor, pudesse conseguir benefícios positivos (“... Se tornaram abomináveis como aquilo que amaram”, 9.10). Deus quis que Israel conhecesse seu amor, um povo que buscou objetos sem valor (“Quando Israel era menino, eu o amei...” 11.1), foi guiado com uma meiga disciplina (“cordas de amor”, 11.4) e que persistiu, apesar de o povo correr e da resistência dele (“Como te deixaria?”, 11.8).
O problema era como levar a mensagem de um Deus de amor a um povo que não estava inclinado a dar ouvidos e, provavelmente, não entender, se eles ouvissem. A solução de Deus era deixar o profeta ser seu próprio sermão.
Oséias se casaria com uma mulher impura (“mulher de prostituições”, 1.2), a amaria inteiramente, e dela teria filhos (1.3), e iria atrás dela, e traria de volta quando ela se desviasse (“Vai outra vez, ama uma mulher”, 3.1). Em resumo, Oséias tinha de mostrar seu próprio amor a Gomer, o tipo de amor que Deus tinha por Israel.

Cristo Revelado
Os escritores do NT descrevem Oséias como o responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo. Mateus vê em 11.1, uma profecia cumprida quando Jesus, quando bebê, foi literalmente levado e trazido do Egito, um paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo (Mt 2.15). O Escritor de Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus (14.2; Hb 13.15). A Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de Deus agora são admitidos a um relacionamento com ele (1.6,9; 1Pe 2.10). A Paulo Jesus cumpre a promessa de Oséias de que Alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da ressurreição (13.14; 1Co 15.55). Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o Noivo e a igreja como a noiva correspondem à cerimônia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num permanente relacionamento com Israel (2.19,20; Ef 5.25-32).
Jesus também, em pelo menos dois de seus sermões aos fariseus, tira seu texto de Oséias. Quando questionado acerca da sua permanência no lar dos pecadores e cobradores de impostos, Jesus cita Oséias para mostrar que Deus não deseja apenas palavras vazias ou rituais desumanos, mas um cuidado genuíno e preocupação com mas pessoas (6.6; Mt 9.13). E, quando os fariseus acusam os discípulos de Jesus de violar o sábado, Jesus os defende com o mesmo lembrete de que o coração de Deus coloca o interesse pelas necessidades humanas acima das formalidades religiosas (Mt 12.7).

O Espírito Santo em Ação
O Livro de Oséias ensina duas notáveis lições a respeito do ES: 1) É importante depender da presença do Espírito e 2) coisas negativas acontecem quando o Espírito está longe de uma vida. Uma vez Oséias usa a frase “o espírito de luxuria”, e uma vez, “ o espírito da prostituição” (4.12; 5.4), e conta as conseqüências de ser preenchido com um espírito impuro. Como Paulo em Efésios, Oséias relaciona tal espírito com o vinho, que escraviza o coração. Esse espírito de luxuria também faz as pessoas se desvirem para falsos caminhos e falas adorações, em contraste com o ES, que nos guia para caminhos verdadeiros e para a verdadeira adoração (4.11-13; Ef 5.17-21).

Esboço de Oséias

I. Oséias e Gomer 1.1-3.5

O casamento de Oséias e Gomer 1.1-9
O Casamento do SENHOR com Israel 1.10-2.23
A volta de Gomer para Oséias 3.1-5

II. O SENHOR e Israel 4.1-14.9

Amor e restauração 11.1-14.9


Fonte: Bíblia Plenitude.